Brasileiro é coração: e eu amo isso! |
Continuamos nosso papo. Contei várias coisas. Abri a mente das meninas e fiz questão de falar mais do que a mídia tendenciosa sai dizendo por aí. Elas se encantavam, perguntavam mais, e meu vocabulário de palavras em inglês já não estava mais dando conta de tanta expectativa que as garotas botaram em minha pátria. “Awesome! Amazing! Incredible!” Finalizei a conversa fazendo o convite: “Conheçam meu país! Estaremos de braços abertos esperando vocês!” Elas disseram que sempre quiseram conhecer o Brasil. Puxa, fiquei com vergonha. Vergonha de ter deixado meu patriotismo se apagar por causa da frieza congelante de alguns. Justo eu, que desde criança cantava o hino com todo coração, justo eu, que não via a hora de fazer 16 anos para poder votar, justo eu, que sempre acreditei em um futuro melhor, justo eu que... e a lista segue infinita. A gente tem que fazer a nossa parte por um país melhor. E ser pessimista, definitivamente, não é um bom começo. Enfim, a história não para por aí. Em qualquer lugar, era só dizer que eu era brasileira, que os sorrisos brotavam, e eu me acostumei a ouvir: “Sempre quis conhecer o Brasil!”
Agora é Copa do Mundo! Estamos na semi. Amo futebol. Sério mesmo. Grito como louca e já decidi que vou casar com alguém que tope assistir a um bom jogo comigo, senão, não dá, eu querendo ver uma final de tirar o fôlego e o marido querendo ir ao shopping. Coisa, né? O futebol dá orgulho, porque a gente faz bem, convenhamos. Essa é uma das especialidades da casa, daquela que o chef capricha, tem temperinho especial. Não fique com vergonha de torcer, de vestir a camisa e de chorar se o hexa não vier. É a pátria, colega. Você não se torna um alienado por isso. Vai por mim.
Comemorar com milhões de brasileiros uma bela vitória no futebol não significa descaso com as mazelas sociais. Chorar uma perda, muito menos. “Você deveria chorar pelas crianças que morrem todos os dias...” Choro. Choro mesmo. Choro muito, a injustiça me arranca um choro profundo, sentido. Não suporto a injustiça no mundo, e por isso tenho empenhado uma parte da minha vida oculta em mudar isso, mesmo que seja uma gota no meio do oceano. Mas entende o que eu quero dizer? Uma coisa não anula a outra. Eu leio sobre política, economia, esporte, comportamento, uma porção de coisas. Sei em que pé está o mundo. Mas nem por isso deixo de acreditar. Ora, a gente faz o que pode e o que não pode, tenta e tenta de novo, vai em frente e encara tudo. Se não der, tenta de novo. E pronto. Só desistir que não pode. Se encontrarem alguém por aí chorando uma derrota (espero que não aconteça), pode ser eu. Se encontrarem alguém por aí chorando a situação de gente desconhecida, pode ser eu. Sim, eu mesma, vivendo as duas situações. Desculpa. Ainda não consegui entender porque não posso amar futebol e amar a justiça. Amo os dois. Ponto. E tomara que a gente ganhe essa taça, por favor.
O mundo é mais colorido e nosso país mais verde e amarelo por esse jeitinho Sâmela de ser contagiante! Amo seu textos!! ;)
ResponderExcluirMinha linda ;) obrigada pelas palavras maravilhosas! Veio no momento certo! Beijinhos ;)
ExcluirBelas palavras.
ResponderExcluirMuito feliz por você ter gostado :D
Excluirhaa
ResponderExcluiradoro tuas fotos também *-*
Obrigada! ;)
Excluirescreva maisss hehe
ResponderExcluirTem texto novo :)
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